domingo, 21 de novembro de 2010

Insensatos

Ainda ontem escrevi aqui que este é um local democrático e, naturalmente, colaborativo. Tão logo postei meus ensinamentos sobre as preliminares, recebi feedback de várias leitoras. Uma, em especial, fustigou grande parte da classe masculina. “Tu precisas escrever sobre homens fechados. Aqueles que se acham valentes, que não querem casar nem ter filhos. Eles que querem ter o controle de tudo, mas no fundo são eternos sensíveis”, bradou.
Me pergunto se realmente são sensíveis mesmo. Começa pelo fato de já não possuírem a humildade, a mais bela das virtudes humanas. No fundo, eles até esqueceram que são filhos de uma mulher. Tratariam de igual maneira a mãe? A alma feminina, além de complexa, também implora por carinho.
Para que utilizar o cabresto como forma de querer passar segurança para a companheira? Não, não tem razão de ser. Qual a finalidade de utilizar a força quando elas mais querem é um leve gesto tocando-lhes o rosto com nossos dois dedos? Não são homens suficientes para também dizer sim uma única vez para somente uma mulher para a vida toda? Qual o fato que determina a negação à vida? É tanto egoísmo com a própria carne que não se dá ao luxo de oferecer aos seus filhos a mesma satisfação que é viver neste mundo?
Pedir que mudem de comportamento é quase uma afronta. Afinal, pau que nasce torto não se endireita como diz o velho ditado. Não sabem que tão cheios de si simplesmente se preenchem de vazio. A vida ganha energia quando se convive com outras pessoas. Desvendar a alma feminina é difícil, mas trabalho mais hercúleo é tentar quebrar os grilhões que aprisionam os valentes insensíveis em seu mundinho. Depois de um dia de reflexão, concluo que “insensato” não é um adjetivo mesmo que valha a pena utilizar com homens desta espécie. Prefiro listá-los como inglórios. Bastardos e inglórios para ser mais preciso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário