sábado, 30 de abril de 2011

Reflexões riograndinas III

Continuemos o papo falando da pressa. Sim, a velocidade foi a culpada por afundar grandes romances na minha vida – sem que eles tenham começado de fato. Ela disse, sem rodeios, o seguinte: “Se o homem já quer assumir uma relação logo de cara, a mulher foge”. “Ela deve pensar: ‘Nossa, ele é ansioso demais. Deve estar desesperado’. Da mesma forma acontece o contrário. Enfim, se a pessoa está carente, já é um sinal de dependência e ambos correm”, disse.
Ela está coberta de razão. E, finalmente, a amiga virtual dá uma lição de moral para ambos os sexos que vivem neste mundo cada vez mais egocêntrico. “Os preconceitos são colocados logo no inicio. Por causa de uma avaliação precipitada, o desfecho já se define. E lá se vai uma grande oportunidade de conhecer alguém legal”, argumentou.
Hei de concordar com ela. Eu mesmo já fui refém de situações como esta. Você está ali, se entregando à pessoa, se dando a conhecer, conhecendo-a, fazendo mimos e, do nada, ganha um Unfollow (que, em tempos modernos, é a nova nomenclatura do “fora”). Novamente, você se dá a conhecer, conhece-a ainda que superficialmente, escreve poemas, manda flores e ursinhos e tem de ouvir – não da própria boca da pretendente, mas ler em um post do Twitter – que textos em um blog não são suficientes demais para conquistá-la (sim, eu já havia mandado poema, flores e ursinhos). Outra vez , você se dá a conhecer, conversa muito com a pessoa, mas ela deixa a porta apenas entreaberta. Convenhamos, já é um bom sinal! “Você me acha fechada demais?”, certa vez uma garota me perguntou. Respondi afirmadamente que sim, mas que a respeitava. Continuamos conversando até hoje. Sinal que o final, desta vez, possa ser feliz. Sem precipitações, naturalmente.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Reflexões riograndinas II

Felizmente ao continuar a conversa com minha amiga virtual, me dei conta que elas também sofrem ao tentar nos desvendar – não que sejamos almas tão complexas quanto às delas, mas por nossas atitudes, por vezes, infantis. “Nós, mulheres, não estamos entendendo o que os homens esperam de uma mulher”, flechou. “Não posso falar por todas, mas amigas, primas e outras mulheres de nosso convívio são bonitas, inteligentes e solteiras”, avisou.
E continuou tecendo a mais complexa das teses: “Achamos que muitas vezes as mulheres querem entregar um "serviço" que não é o solicitado pelos homens. Ou seja, muito mais do que eles menos esperam. As mulheres pensam que os homens querem as lindas, esbeltas, perfeitas de corpo. E, às vezes a gente vê mulheres não tão bonitas com caras lindos, bem sucedidos. Isso acontece inversamente também assim como sua tese sobre os gordinhos”, falava ela. Somente me restava ler as frases que saltavam no MSN.
“E analisando isso, acho que ambos os lados preferem pessoas menos traumatizadas com relacionamentos anteriores. Eu, particularmente, continuo achando que homens procuram mulheres menos questionadoras, menos independentes, que procuram mais segurança no seu homem. Não sei se isso é machismo, feminismo ou qualquer coisa do gênero, mas acho que ambos os lados querem pessoas mais simples do que estas que estão solteiras”, finalizou.
Eu hei de concordar com minha amiga virtual. Bem como grafei no texto onde contei meu encontro com as três doutoras, hoje as mulheres estão mais independentes sim, mas a maioria ainda se maltrata procurando homens que a sustentem deixando em segundo plano por vezes até a procura da beleza do par em questão. A simplicidade, como bem afirmou minha amiga riograndina, é que faz a diferença. Bem, não meterei mais a colher neste assunto. Deixarei que  vocês coloquem a cabeça no travesseiro e pensem sobre os temas aqui postos. Amanhã seguimos com as reflexões desta maravilhosa alma feminina que passei a admirar a cada dia que ia conhecendo-a.  

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Reflexões riograndinas I

Há exatos cinco meses tive um bate-papo com minha amiga “virtual” que estava se preparando para mudar de cidade. Ela estava se preparando para colocar em  funcionamento um empreendimento em Rio Grande (RS).  A primeira afirmação dela foi um elogio para este Blog. Segundo ela levo todo jeito para casar. “Legal ler uma mente masculina pensando em casamento e escrevendo sobre o assunto”, disse.
Se minha memória não falha, ela emendou com o seguinte: “Acho que muitos homens têm vontade de fazer o que você faz, mas não falam”. Também acho, amiga virtual. Por isto eu vim para quebrar paradigmas. Há muitos homens que visitam este Blog só para se penitenciarem, pois sabem que em suas vidas são canalhas e, pelo menos, se espelham em mim para buscar a perfeição do homem idealizado por todas as mulheres.
“Quando comecei a conversar contigo agora”, disse ela, “lembrei que conversei com minha irmã para que falássemos para um rapaz que conheço aqui do Twitter escrever algo sobre sentimentos”, continuou. “Pensei que seria uma boa compartilhar filosofias contigo”, propôs. Eu , naturalmente, concordei. Pois bem, nos próximos dias vocês conhecerão um pouco dos pensamentos desta alma feminina que se abriu para mim. E, agora, somente cinco meses depois resolvi compartilhar com todas as leitoras deste Blog. Amanhã o mundo todo se centralizará no casamento real entre o Príncipe William e Lady Kate. Eu não. Prefiro dar atenção para esta garota que é fantástica.
Acalmem-se. São apenas elogios de um amigo virtual para uma amiga virtual. Nesta sexta, apresentarei para vocês a primeira das teses desta pequena gaúcha. E pasmem: esta série de reflexões se estenderá por, no mínimo, uma semana. Afinal, não é todo dia que uma alma feminina nos dá a chance de conhecer seus infindáveis mistérios.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pasta de dentes

Um conhecido ator, casado com uma atriz, revelou algo curioso da sua intimidade do casamento. Ele afirmou que toda vez que vai escovar os dentes antes de dormir, coloca a pasta na escova de dentes dela deixando-a preparada. Ele faz isso há pelo menos quase duas décadas.
Parece não ser nada demais. Mas é um carinho que o casal tem e funciona como uma espécie de óleo lubrificante para a relação (sim, tirem suas conclusões, afinal não vou ficar aqui explicando toda e qualquer figura de linguagem que utilizo). Por isto eu digo que o verdadeiro amor está nos detalhes. Além de preparar a escova de dentes todas as noites, juro também que prepararei chá antes dela ir para a cama. Também lavarei a louça todos os dias. E, caso nossos horários sejam condizentes, deixarei nossa cama arrumada para a noite seguinte.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Três doutoras

A Campanha Pra Casar conta com ajuda de vários amigos e conhecidos. Alguns e algumas querem fazer as vezes de Cupido. Foi assim no domingo, 10 de abril. Uma amiga quis apresentar sua conhecida que era muito linda, inteligente, etc e tal. Sim, ela estava certa. A amiga era realmente muito esbelta lembrando muito uma colega jornalista da maior rede de TV brasileira, mas que me foge o nome.
Ali estava eu acompanhado de três mulheres. Aliás, três doutoras – ou quase, pois duas delas ainda estão em fase de receber a condecoração. O papo foi muito bom, naturalmente. Falamos de educação, psicologia, religião, arte, viagens, costumes e, claro, relacionamentos. Independentes que são, elas levantaram a conhecida bandeira de que nós, homens, somente queremos mulheres submissas. Não, não defendi a classe, pois sou acima da média, como vocês bem sabem.  Afirmei que era bem esta a realidade ainda que eu não concordasse com ela. Claro que foi a gota da água. Imagino que todas acharam que eu estivesse mentindo. “Ele quer fazer média conosco”, devem ter pensado em coro as três.
Então minha amiga comentou que eu tinha um blog sobre relacionamentos. Foi o fim, obviamente. A possível pretendente, que é psicóloga, deve ter pensado: “Não é um homem. É um louco varrido”. Na minha banca sentimental, com certeza, rodei. Isto que dá ser tão educado, correto, formal e demais qualidades. Sem contar que depois ganhei uma reprimenda da amiga por não se comportar como deveria. A culpa deve ter sido da roupa que escolhi. Fui na minha versão dominical: calça jeans, tênis e camisa. Minha amiga confidenciou que a colega dela admira homens com roupa social que é, aliás, meu traje semanal. Enfim, eu que nem MBA tenho, fui reprovado pelas três doutoras. Mas estou certo que se tivesse exame de nível sentimental, eu passaria com louvor.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meu aniversário

Hoje, data do meu aniversário, lanço um desafio: quem será a pretendente que me dará o presente mais bonito? Em tempo: não precisa ser algo material. O embate das belezas se dará no campo sentimental.
Ao final da apuração vou comemorar meu aniversário juntamente com a escolhida. Vejamos em que este meu retumbante pedido se transformará. Depois eu conto aqui para todas vocês, naturalmente.

domingo, 24 de abril de 2011

O alvo errado

A tese de que devo encontrar a mulher ideal de uma vez está caindo por terra. Explico: desta vez uma alma feminina disse não concordar comigo sobre este tema. Ela afirmou que eu deveria ir mesmo acalentando as erradas de modo que, as conhecendo, eu pudesse tatear a certa.
Não vou discutir com uma alma feminina. Aqui repliquei quando homens quiseram me fazer crer que eu deveria me comportar assim. A partir da sugestão dela, agora prometo que vou pensar no assunto. Mas fica a dúvida: se aquelas que tenho por certas frequentam ótimos locais, são inteligentes, educadas, de muito bom gosto, etc e tal, onde encontrarei as erradas? Mas tenho cá comigo que logo saltará aos meus olhos que elas são mesmo as erradas. Mas irei em frente, afinal tenho o poder de fazer felizes as mulheres – sejam elas certas ou erradas.

sábado, 23 de abril de 2011

A poupança, de novo

Queria eu não voltar a este assunto, mas foi impossível. Esta semana li novamente uma notícia que dava conta que mulheres não querem apenas segurança – aquela física e sentimental. A segurança financeira também pesa na escolha do futuro parceiro, diz uma pesquisa feita em países da Europa. Esta realidade até mesmo se espelha nas estatísticas de meu Blog. Nas palavras-chave que fizeram com que muitas pessoas chegassem a este espaço multiplicam-se os termos “conta bancária”, “conta conjunta” e ainda “economizar”.
É de se pensar a razão desta conclusão da pesquisa – não a minha, mas sim a realizada na Europa. Afinal, se as mulheres estão ficando cada vez mais independentes (e assustando muitos homens como apontei aqui faz algum tempinho) qual seria o porquê delas ainda procurarem alguém com uma conta bancária recheada?
Acho, claro, que elas não querem – e nem devem – ser submissas e nem mesmo submeter os homens a uma situação (tida por eles mesmos como) constrangedora. Até nisso as almas femininas são grandiosas. Aprendam com elas, rapazes. E trabalhem muito para ter dinheiro suficiente para conquistá-las.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Meu coração, uma borracharia

Bem escreveu um dos mais lidos cronistas do Rio Grande do Sul que nossos antigos amores se parecem com pneus avariados. Para curar um amor antigo nada melhor do que um novíssimo em folha, claro. Mas o problema é o que se fazer com o amor que não vingou. Ou seja, é como um pneu furado mesmo.
Usando desta figura de linguagem posso afirmar que meu coração é tal qual uma borracharia. Não, não pensem naqueles locais sujos e pequenininhos como aquelas da beira de estrada. Ah, e que teimam em pendurar nas paredes garotas mal-vestidas, quase semi-nuas ou até mesmo como vieram ao mundo. Nem mesmo pense em uma borracharia estilo “Premium”, limpinha, organizada e sem nenhum vestígio de ode ao corpo feminino. É que meu coração é como se fosse um galpão.
É que ali jazem muitos pneus. Todos avariados. De vez em quando o visito e tento recauchutar um deles. Por estas e por outras, é fácil que um amor de um passado não muito distante volte. Há pneus de todos os tipos ali para fazer jus ao que escrevi ontem mesmo que mulheres são únicas – cada uma com seu estilo e beleza próprios.
Deixo tantos amores ainda acomodados pela simples razão de não ter coragem de queimá-los – ainda que com alguns eu já tenha feito isso. Somente mesmo um grande amor para fazer com que eu dê cabo da minha oficina. Pois não há outro modo: enquanto aguardo o futuro que terei ao lado da mulher da minha vida, ainda vejo no passado uma forma de aprimorar meus sentimentos. Terá espaço suficiente na minha borracharia?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mulheres e vinhos

Talvez a comparação mais fácil que eu consiga fazer seja entre vinhos e mulheres. Por entender muito bem pelo menos um dos assuntos (sim, é difícil saber o que as mulheres desejam), a missão fica muito facilitada. Para o relacionamento não virar vinagre (sim, vinho pode se tornar vinagre caso vocês não saibam), a melhor coisa a se fazer é manter a namorada em bons níveis de temperatura. Assim como o vinho, que não pode ser servido fora de determinada temperatura, a garota não deve ser colocada em uma gelada.
Cada mulher é diferente. Do mesmo modo que em uma garrafa de vinho guarda toda filosofia possível, a alma feminina é uma profusão de coisas: sentimentos, beleza, espírito materno, força, jeitinho que só elas têm, etc. A complexidade que forma uma mulher a faz mais duradoura que o melhor vinho de guarda. Afinal, a bebida é cor, diversos sabores e aromas, lágrimas que vertem do alto teor alcoólico e talvez nada mais. Aquele ser que nos completa, por sua vez, também tem suas características externas: cor, perfume, corpo e o mais importante: mente e coração que tudo transforma.
Qual o melhor vinho? Depende de cada ocasião. Você pode tomar espumante ou champagne na entrada, acompanhando quitutes, e depois passar ao branco para acompanhar a entrada desde que seja um prato leve. Por fim, se a comida principal for carregada de gordura ou temperos, um exemplar de um vinho reserva, mais robusto e com taninos muito presentes é a melhor pedida. Se o prato for mais leve,  combine com um tinto idêntico – de preferência um francês. Para a sobremesa nada melhor que um Late Harvest ou mesmo Vinho do Porto.
Qual a melhor mulher ou mesmo a mulher ideal? Não, leitoras e leitores, elas não combinam com a ocasião assim como os vinhos. Elas são únicas. Por isto, do mesmo modo como se faz com o vinho, conhecimento é fundamental. Afinal, qualquer homem que se preze tem de saber se sua pretende gosta de frequentar a Farm´s, aqui em Porto Alegre, por exemplo, ou se curte algum bar especifico da Vila Madalena, em São Paulo. Mas não é só saber estas características não. É preciso ir a fundo: tentar entender seus princípios, ideias, gostos, saber de cor sua história de vida. Ou seja, há muito o que se conhecer. Sim, elas são muito mais complexas que uma garrafa de vinho Gran Reserva ou mesmo uma taça de champagne safrada (sim, existem espumantes de guarda também).
Mas assim como os vinhos, somente de contemplá-las eu me embriago.  De alegria. De felicidade. De saber que uma única será escolhida para viver ao meu lado para o resto de nossas vidas. E assim, como os melhores vinhos, nosso relacionamento somente tenderá a melhorar. E dividiremos nossas alegrias – e sim também os dissabores – com todos nossos amigos. Pois felicidade é algo que casa com uma das regras de etiqueta ao lidar com vinhos. A bebida é a pedida ideal para brindar em conjunto com as pessoas. Portanto, brindemos à felicidade que logo baterá à porta: tim-tim!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meu público

Este texto serve para dar minha versão sobre o comentário que a especialista em marketing Ligia Fascioni escreveu neste Blog no sábado passado. Para minha satisfação, ela achou a iniciativa ótima – elogio que só me fez crer que usar ensinamentos do marketing até mesmo em uma Campanha Pra Casar tem tudo para dar certo.
Ligia recorda que, para alcançar meu objetivo, devo pesquisar bem meu público. Minha cara, afirmo que não há pesquisa que desvende a alma feminina. Vocês, mulheres, não são tão simples que meros estudos possam explicar. Sim, isto é mais um elogio deste amante à moda antiga – quem sabe um dos últimos neste Brasil. Entrei na sua campanha também, ou seja, não usarei mais o termo público-alvo. Passa a ser apenas público.
Lígia ainda escreveu o seguinte: “Mas, cara, você está atrás da mulher mais linda do mundo, então um monte de moças que pintarem por aqui vão ficar preocupadas em não atender o padrão (que é muito alto!)”. Ela continua: “Seja mais flexível nas especificações e o público aumenta um pouquinho :)”. Mas sou flexível, Ligia. Afinal, beleza é relativa. Quando digo que procuro a mulher mais linda do mundo, na verdade, quero afirmar que ela ganhará este longo adjetivo ao passar a namorar comigo. Não terei mais olhos para nenhuma garota sequer depois de conhecê-la.
O público, minha cara, tem aumentado constantemente. No entanto se leva tempo para conhecer as pretendentes, pois o amor une o querer e o conhecer (pela enésima vez afirmo isto aqui, não, leitoras?). Mas a complexidade da alma feminina me faz pensar que faço parte de uma luta inglória. Muitas delas se negam a acreditar que eu mesmo exista. Outras tantas não se dão ao luxo de se fazerem conhecer – o que atrapalha todo o processo do apaixonar-se. Outras, ainda, mesmo casadas fazem de tudo para terminar seu relacionamento para começar um comigo. Mas já aviso: não demorem muito!
Minha cara Ligia, meu público da Campanha não é um mero grupo de consumidores. São garotas repletas de virtudes, beleza, charme, mas com um tanto de temor em dar um passo a mais ao me aceitar. Não há marketing, por melhor que seja, que as faça mudar de ideia. Mas, como último romântico, ainda acredito que meu amor poderá ao menos fazer com que o coração de uma delas se enamore de mim. Afinal, minha publicidade não tem alvos. Se limita a uma única escolhida. Ainda estou tateando para encontrá-la. E flexibilidade não me faltará.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desnorteado

Hoje o Blog não será atualizado como de costume em respeito a um acontecimento acidental envolvendo um grande amigo.  A resposta ao comentário da Ligia será postado nesta quarta-feira, 20 de abril.

domingo, 17 de abril de 2011

Homens no divã

Sem conseguir dormir na madrugada de terça para quarta passada, eis que acompanho pela TV aberta uma interessante matéria. A colega de profissão sorria por dentro ao chamar na escalada (para quem não é jornalista: a sequência de manchetes antes do começo de qualquer telejornal) o seguinte: “Já foi mais fácil ser homem. Eles agora sentem insegurança e procuram psicólogos”.
A matéria, que foi apresentada logo no segundo bloco, dava conta que alguns homens estão buscando psicanalistas para conseguirem dar conta dos novos tempos onde a mulher divide espaço com eles. Um deles relatou que achava o fim da picada que uma mulher ganhasse mais dinheiro que ele. Outro dizia estar em TPM não agüentando passar por tal fase de enfrentando com o sexo oposto.
Pois é, esta minha geração que está aprendendo a lidar mais com os filhos por causa justamente da maior liberdade das mulheres, sofre para dar conta do recado. Deveriam ter um mínimo de respeito à realidade conquistada por elas. Para mim, não há problema se a futura namorada ganhar mais do que eu. Ou mesmo ter mestrado, doutorado, coisa que ainda não tenho. Ou que dirija – enquanto eu não o faço ainda. Me parece que com esta atitude os homens em geral parecem ainda ver nas mulheres simples objetos. Quando, na verdade, elas são a razão de nosso viver – pelo menos do meu.
Por fim, eles não deveriam bater à porta do consultório médico. Deveriam sim adentrar em uma igreja e se penitenciar. Afinal, não há maior pecado do que desprezar as mulheres. Nem mesmo que elas nos façam sofrer. Elas têm esta prerrogativa. Para nós, nos basta aceitar.

sábado, 16 de abril de 2011

Seduzir para casar

Lígia Fascioni, uma das grandes conhecedoras do marketing da região sul, usou uma comparação para falar do papel do marketing com a confecção de uma marca. A profissional afirmou que o marketing exerce o papel da sedução que leva o par ao casamento. Ela foi totalmente feliz ao tecer a tese. Antes de tudo, disse que é necessário fidelizar um cliente (ou seja, nada de galinhagem), afinal, se está atrás de um relacionamento duradouro.
Depois escreveu que para iniciar um namoro com alguém que goste da gente, o essencial é que a gente se conheça. Ora pois, este Blog já prova o quanto me conheço. Acho que tanta transparência tem amedrontado todas as garotas – mesmo aquelas que sonham acordadas comigo (ainda que jurem de pés juntos que isto não aconteça). Então ela parte para o passo seguinte: é necessário definir um público-alvo. Ela, como mulher, escolhe um homem moreno. Eu, como último romântico, opto pela mulher ideal. Encontrado o alvo, é preciso ter informações sobre ele. Ou seja, se a garota está solteira, se junto de alguém, etc.
Depois é só lançar a estratégia. E ela parte do pressuposto que a gente é uma marca que deve mostrar realmente a que veio. Trocando em miúdos: mostrar quanto a gente vale, quais são nossas qualidades (e os defeitos também, claro), o que a “cliente” ganhará em troca ao consumir meu afeto, etc. Por fim, naturalmente, vem a parte mais difícil: cuidar bem da relação. Mimá-la, cumprir promessas, surpreender, manter o visual “bacana”, ou seja, atenção e carinho constantes.
Bem, imagino que a Lígia tenha se inspirado para escrever o texto (que você encontra neste link: http://bit.ly/hYQGpZ) conhecendo este Blog. Afinal, sou o próprio marketing em causa própria. Melhor ainda: o marketing de uma causa que fará feliz a mulher mais linda do mundo que encontrarei em breve.  A sedução, nesta tempestade de sentimentos toda, será mero detalhe. O amor se encarregará de ganhar o coração dela para sempre. E eu juro que cumprirei tudo o que escrevi neste post e em outros tantos. Afinal, parafraseando um ensinamento bíblico muito antigo, publicidade é verdade.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Amor paterno

Na noite de terça-feira passada comemorei com meu melhor amigo da infância a bela notícia que ele será papai dentro de seis meses. Fiquei realmente feliz com o fato que somente fez crescer em mim a vontade de ser pai. Mas não um pai qualquer, obviamente. Afinal, nossos filhos também não terão nenhuma mãe qualquer.
Devo já ter contado para vocês da minha alegria contagiante ao ver qualquer criança na rua. Ali somente retrato o pai que serei no futuro. Ou seja, aquele que quer dar tudo de melhor para seus filhos. Não, não falo somente de bens materiais. É dar aquela boa criação que necessitam, a medida do certo e do errado, a literatura em profusão, a filosofia em abundância, enfim, a felicidade em forma de vida.
Mas este amor paterno não é somente por ali estar estampado um pouco de mim. Muito em parte é por ali estar somado tudo o que minha escolhida será e tudo o que eu sou. Afinal, são dois destinos que se entrelaçam e passam a fazer planos juntos. Eu e ela seremos um só. Nossos filhos também serão únicos, mas levarão para o resto de suas vidas tudo o que ela e eu somos. Amor paterno somente existe graças à guerreira que está ali do lado. Não sem motivo quase verto lágrimas ao contemplar toda e qualquer criança que cruze meu caminho. Em cada uma delas vejo nossos filhos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Web, mon amour II

Foi eu ter escrito neste espaço que a internet dava mais chances para que dois enamorados se encontrassem para que surgissem mais um fato para calcar a tese em terreno firme. Dan Tapscott, um dos maiores especialistas em marketing e internet no mundo, concedeu entrevista para a maior revista de circulação nacional brasileira. Ele afirma que vivemos na era da colaboração – e não da informação. Ele elucida muito bem questões de democracia na era digital, o capitalismo pós-internet, além de outros temas relevantes.
Como conhece a Campanha Pra Casar e a tem como um dos benchmarks do branding moderno, ele falou algo relacionado aos relacionamentos na entrevista, claro. Ele afirmou que “as mídias sociais não servem só para localizar a namorada ou fazer comunidade de jardinagem. Elas salvam vidas”. Portanto, a internet une casais estejam onde estiverem. Ah, tantas garotas deste meu Brasil que já perderam a oportunidade de me conhecer! Aproveitem, aproveitem, pois a Campanha está chegando ao seu final. Desde Rio Grande até Brasília, passando por Rio, Curitiba, Florianópolis, Manaus e São Paulo, várias já trocaram impressões comigo, mas nenhuma (por ter sempre a distância como inimiga) quis dar o ar da graça.
Mas está aí o pensador de nossa atualidade dizendo que internet salva vidas – e relacionamentos também. A distância não é nada. O amor faz mil milhas virarem pó. O tempo é apenas um detalhe. Pois tudo ao redor fica sem importância a partir do momento que dois apaixonados cruzam seus olhares. Seja real ou virtualmente.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sob o mesmo teto

Homens e mulheres possuem comprometimentos diferentes quando o assunto é morar na mesma residência. Para o lado masculino, é simplesmente mais uma razão para satisfazer sua sede pelo sexo. Já as garotas, naturalmente, têm uma visão mais lúdica sobre o fato. Elas vêem na possibilidade de começar a morar junto com o namorado uma forma de engatar o tão sonhado casamento. Por vezes, fazendo as vontades do futuro marido, ela consegue o intento, mas o tão sonhado enlace matrimonial às vezes não chega. Vocês encontram mais detalhes da pesquisa que revelou estes dados aqui: http://glo.bo/edEERA
Eu ainda sou um romântico à moda antiga. Namoro para mim tem de ser eu morando no meu apartamento e ela na casa dela. Assim, quer queira ou não, a gente vai acumulando aquele gosto por nos reencontrar nos finais de semana. Ou ainda na quarta (é ainda tido como o dia do sofá?). Sob o mesmo teto somente depois de casados. Estou para afirmar que a maioria das mulheres que saboreiam este espaço hão de concordar comigo. E nem precisa ser “Gracianete” para tanto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Gentilezas

A mais nova descoberta dá conta que pessoas gentis são mais felizes. Novamente afirmo que não seria necessário investir alguns dinheiros para concluir isto. Já faz alguns dias que foi publicada esta matéria. Bem, só tenho a dizer que gentilezas são o fio condutor da humanidade.
Se não formos dóceis como seriam nossas vidas? Nem mesmo nós nos agüentaríamos, concordam? No relacionamento entre namorados, então, a troca de gentileza é algo fundamental. Mas não vou escrever mais o que penso do assunto para vocês. Depois  conto como ando aplicando minha gentileza com a futura esposa. #vemserfeliz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gracianetes

Na quinta passada criei mais uma instituição para a Campanha Pra Casar. Sim, uma instituição, pois marcas indeléveis como a que estou deixando são merecedoras de tal palavra. Se tratam das “Gracianetes”. São aquelas moças, que por estarem impedidas de me namorar, pelo menos querem o meu bem.
Elas torcem diuturnamente pelo meu sucesso. Quase todos os dias perguntam no MSN se encontrei a pessoa certa. Sim, esta é a razão pela qual sempre estou invisível ali. Basta me chamar. Estarei ali. Bem, agora que não é mais segredo vejo que não terei descanso. Fechado os parênteses que nem avisei que abriria, voltemos ao tema deste texto.
São garotas de todos os tipos. Das mais bem-vestidas até as mais exageradas. Das inteligentes às incultas; das desconhecidas às amicíssimas; das mais jovenzinhas às maduras. Enfim, todo o público feminino adere esta campanha. Não sei o que farão quando eu apresentar aqui a futura namorada. Me pergunto se a elogiarão ou, ao contrário, invejarão aquela que será, para mim, a menina mais linda do mundo. Afinal, Gracianete que se preze está sempre de olho. Basta uma oportunidade aparecer. Bem ao estilo do seu criador.

domingo, 10 de abril de 2011

Jogo dos sete erros

Quando crianças, imagino que vocês gostavam de encontrar nos gibis aqueles joguinhos. Um deles sempre apresentava duas imagens muito parecidas. A foto da direita sempre tinha sete coisas diferentes daquela mostrada no lado oposto. Meus amigos querem me fazer crer que na vida amorosa também existe o jogo dos sete erros – mas as regras são bem diferentes do que apenas circular onde a discrepância aparece.
De acordo com eles, devo desistir de procurar a mulher ideal. Aliás, a garota ideal para eles é aquela que eles primeiro observam na rua, pode? A tese deles diz que eu devo me preocupar em encontrar as mulheres erradas mesmo. Assim, afirmam, conhecerei várias, terei muitas experiências e saberei diagnosticar com precisão aquelas que só querem me enganar. E mais: com tudo isto, sairei ganhando, pois poderei ganhar mimos e depois largá-las sem dar nem mesmo explicação.
Bem, eu prefiro acertar o alvo de vez. Afinal, é preferível ser solteiro e desejar estar casado, a estar casado e desejar estar solteiro (como algumas mulheres que conhecem minha Campanha e estão, sim, arrependidas). “Mas se você descobrir depois que é a errada?”, insistem. Isto não acontecerá. Nos conheceremos pelo menos por dois anos antes de nos casar. E não ousarei pedi-la em noivado ou casamento antes dos nove meses de namoro – ainda que ela dê indiretas para que isto aconteça. Afinal, só deste jeito para a gente encontrar os sete defeitos de um e de outro. Nos resta lutar juntos, naturalmente, para transformá-los em qualidades.

sábado, 9 de abril de 2011

Web, mon amour

O matemático inglês Peter Backus descobriu que as chances de se achar um amor em bares ou festas é de uma em 285 mil. O economista brasileiro Luis Contreras usou a mesma metodologia usada por Backus e concluiu que encontrar um amor para toda vida na internet, através de um site de relacionamentos, é 42% maior – ou seja, uma em cada 200 mil.

Também pedi para um matemático fazer o cálculo especifico para este Blog. Ele cruzou número de seguidores de Twitter, Facebook, além dos acessos diários. Pois bem, a chance de eu encontrar alguém com esta campanha é de uma em cem – n vezes maior do que qualquer um dos levantamentos apresentados acima. Neste exato momento, aliás, a chance é de uma em um. Explico: meu coração bate mais forte por uma pessoa. A conheci pelo Facebook há pouco mais de três semanas. Temos nos falado bastante. Prevejo que, em breve, estaremos agendando um jantar.

Eu só quero fazê-la a mulher mais feliz do mundo. A mais linda do mundo ela já é. Quem diria que a rede mundial de computadores seria uma ferramenta eficaz para alcançar meu maior intento. Agora é aguardar que a conexão entre nossos corações se estabeleça de vez. 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vírgulas no lugar

Apresentei para uma colega de profissão este Blog. Ela me respondeu com uma mensagem cheia de surpresa. Uma das primeiras constatações dela foi a seguinte: “Não é que tu escreves bem? Sabes colocar as vírgulas no lugar!!!”. Agradeço, de bom grado, às palavras da minha colega. É que tanto tempo lidando com as palavras, a gente vai aprendendo a domá-las.
Assim tem acontecido com as vírgulas – estas que aprendi a colocar no lugar. Também sei que não se separa sujeito do verbo. Sim, aprendi isto desde pequeno e a mocidade só me fez ver que hoje é indissociável para mim a separação entre eu e o verbo “amar”. Enfim, na gramática fica tudo em seu lugar.
Só meu coração que teima em não ficar no lugar. Por isto, mais do que nunca, luto para colocar um ponto final nesta Campanha Pra Casar. Na verdade, estou em compasso de espera aguardando que uma pretendente troque seu ponto de interrogação por um de exclamação.  Deste jeito, não serão apenas as vírgulas que ficarão em seu lugar, mas meus sentimentos também.  

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mentiras e verdades

Fabrício Carpinejar, o poeta virtual destes novos tempos, conseguiu resumir o intento deste Blog no noite do dia 30 de março passado. Ele simplesmente afirmou que é “fácil seduzir com mentiras. Conquistador mesmo seduz com a verdade”. Em homenagem à tamanha veracidade, este texto será bem curto – não tão curto como um post de 140 caracteres, claro.
Sempre, aqui, eu disse a verdade. Todos os sonhos aqui contados são repletos de transparência, humor, perspicácia e uma grande pitada de veracidades.  Não somente os sonhos, naturalmente. Minha vida também está deslindada aqui. Deve ter muito homem contanto mentiras por aí. Parece que as mulheres andam fugindo de nós, conquistadores verídicos. Eis, portanto, mas uma verdade que parece que se impõe. Nunca foi tão difícil conquistar alguém pela verdade. Mas também nada será mais prazeroso do que esta conquista que não abro mão.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desventuras de escoteiro

O fundador do escotismo, Baden-Powell, ensinava que “o escoteiro sorri na desventura”. Não, nunca pratiquei escotismo. Nunca armei barraca. O máximo que fiz foi subir montanhas na Serra Gaúcha. No entanto, esta campanha iniciada em novembro do ano passado me faz membro de uma escola incomparável: aquela dos amantes incondicionais, uma espécie de escotismo em nome do amor.
Não há manual de escotismo que traga normas de como se aventurar pelas íngremes corredeiras da paixão. Não é a toa que cometo tanto deslize. Como vocês bem sabem, já enviei flores e me mandaram às favas. Presenteei com ursinho e se esqueceram de mim. Fiz poemas e fui enviado à masmorra do esquecimento. Entreguei-me e fui oferecido aos leões ferozes do ódio. Enfim, dei tanto e recebi tão pouco ou quase nada.  
Mas estou aprendendo, aos poucos, a lidar com a selva que, por nada, é indicada no dicionário como substantivo feminino.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Café e amor, mas quentes

Meu olho brilhou ao ler a conhecida frase de Caio Fernando Abreu no mural do Facebook de uma adorável mulher. O chamariz dizia: “Um café e um amor. Quentes, por favor”. Isto me fez pensar que devo mudar drasticamente um dos meus hábitos mais insólitos. Por vezes, é verdade, ja fiquei com a mesma sensação de estar comendo um prato gularmente frio. Assim como um vinho passado, o café frio perde suas prioridades. Sim, eu espero o café esfriar para tomá-lo. Este é o vício, portanto, que quero derrubar.
Felizmente que, diferente da feliz frase de CFA, uma tese não está ligada à outra. Sim, meu amor sempre está em estado de ebulição. Naturalmente tomo todos os cuidados para que ele não chegue aos 100 graus Celsius. Se bem vocês recordam, caras leitoras, os mestres de física nos ensinavam que água começa a virar vapor a partir desta temperatura.
Portanto, se a adorável garota que surgiu no meu caminho quiser que este intento duplo seja alcançado, só me restará comprar uma garrafa térmica. Deste jeito o café não esfriará. De certo, ele será nosso principal combustivel para também não esfriar nossa intensa relação. Afinal, tomar café à noite corrompe o sono enos deixa elétricos. De algum modo, portanto, a energia será dissipada.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O homem ideal

Paulo Sant´Ana me brindou com uma bela coluna ontem. Eis que aqui responderei o que as colegas jornalistas não ousaram falar – nem as casadas, nem as solteiras. Para quem não leu o texto dominical, eis um pequeno resumo: Paulo pediu para quatro mulheres, colegas dele no jornal, qual era o homem idealizado por elas. Duas se negaram a responder, pois eram casadas. As outras duas, pelo que dá a entender da coluna, se calaram.
O homem ideal, meu caro Sant´Ana, é o dono deste Blog. As casadas não quiseram falar, pois arranjariam problemas em casa. As solteiras acharam-se no direito de fazer segredo. As quatro gritariam em alto e bom som, caso não fossem resguardadas, que Marcos Graciani é o homem ideal.
São muitas as qualidades que elas admiram em mim. A primeira delas é que sou um dos últimos românticos do planeta – assim como o Pablo. Ainda me deslumbro pelo primeiro olhar de uma pretendente (mesmo que seja em uma foto mesmo). Sou um obcecado por encontrar a mulher perfeita – ainda que perfeição não exista e que meus amigos me pressionem a apostar nas garotas erradas mesmo. Sei harmonizar diferentes pratos com vinhos – o que dá um sabor todo especial a qualquer almoço que compartilhar com a futura namorada.  Sou daqueles que dou a vida pelos sogros, adoráveis progenitores daquela que será, para mim, a mulher mais linda do mundo. Também quero ter a casa cheia de filhos que nos vão abrilhantar nossa velhice.
Enfim, são apenas algumas características – ainda que superficiais, é verdade – deste homem que é idealizado por todas as mulheres. Mas, no fim, o coração será de apenas uma – a única que valerá por centenas, milhares, milhões delas...

domingo, 3 de abril de 2011

Dor de dentes no coração

Já disse aqui – e muitas vezes no Twitter – que tenho dor de dente no coração. E não é apenas uma simplória figura de linguagem. Ainda que eu tenha me acostumado a somente levar negativas das minhas pretendentes, o coração não se acostuma facilmente com os fatos.
Vejam que até mesmo a ciência tem se dado conta que os corações partidos tem a tendência a doerem tanto quanto a dor física. Para chegar a essa conclusão, uma equipe norte-americana contou com 40 homens e mulheres, cujos relacionamentos terminaram sem que quisessem. Todos disseram que a experiência os deixou profundamente magoados. Os cérebros dos voluntários foram monitorados enquanto olhavam fotos diferentes. Eles afirmaram, cheios de convicção, que observar imagens dos "exs" e serem tocados por uma sonda quente como mais doloroso que pensar em um amigo ou encostar em uma sonda gelada.
Eis a medicina provando que eu realmente sofro – e isto sem necessitar que seja literalmente um namoro terminado. Esta dor somente terminará quando minha futura amada, tal qual como uma carinhosa dentista, desobstruir o canal defeituoso. Aceito fazer isto mesmo sem anestesia. Afinal, estarei imaculado pelo maravilhoso beijo que daremos para selar este tratamento.

sábado, 2 de abril de 2011

Grude

Eis que recebo uma pergunta arrebatadora: “tu, como namorado, deve ser um grude, não é?”. Isto, realmente, me fez pensar. Mas a razão para tal impressão é certa. Como destilo muito amor, as mulheres ficam pensando que meu comportamento será este. Mas não é bem assim. Afinal, eu já afirmei aqui que sou “on demand” – palavra usada para designar que me adapto rapidamente à situação.
Portanto, se a futura namorada não quiser que eu seja um grude, assim o farei. Se minha alma gêmea implorar para que eu seja um doce, serei. Somente farei tudo para me grudar aos seus coração e mente. E se ela tiver um comportamento grudento, não fará mal, pois adoro receber carinho.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Assessoria amorosa

Nesta semana fui surpreendido por um release que caiu em minha caixa de mensagens. O material dava conta da existência de uma agência de assessoria amorosa em Porto Alegre. Em tempo: seria necessário desembolsar R$ 950 pelo Cupido. A empresa afirma que deixa os dados sigilosamente guardados e só apresenta um dos pares ao outro quando há muita convicção de que a união poderá dar certo. No entanto, com pouco menos de um ano de funcionamento, a companhia parece ter conseguido unir apenas um casal. Em tempo: o público-alvo da assessoria amorosa tem sido formado por pessoas das classes A e B e com idades entre 25 e 65 anos.
Já me perguntaram mais de uma vez se eu não tinha contratado serviços de uma agência de relacionamentos amorosos. Por razões óbvias, acho melhor fazer por conta própria. Como uso e abuso das palavras, tenho em meu teclado e neste espaço aqui uma campanha em causa própria – ainda que tenha como objetivo final fazer minha amada a mais feliz do planeta. Por aqui já conheci muitas pessoas legais. E quis o destino que uma linda mulher cruzasse novamente meu caminho.
Não desprezo aqueles que procuram uma agência de relacionamentos como também não desdenho o trabalho prestado por estas serviçais do amor. No entanto, acredito mais na exposição franca e humorada que faço por aqui. Um segredo em calibri, tamanho 11, para vocês: por causa deste blog várias garotas já se ofereceram para serem meus cupidos. Mas nenhum intento vingou.
Depois de quase seis meses neste batente pela procura de um intenso amor, acho que o encontrei. Estou pensando seriamente em abrir uma assessoria amorosa. Meu cachê por encontro será por módicos R$ 200 – ou o equivalente ao preço do ótimo Almaviva EPU, o segundo  vinho na hierarquia desta vinícola que é um dos ícones do Chile. Prometo felicidade na certa ou seu dinheiro de volta.