Em maio – ou melhor, em abril – ela voltou a morar em Porto Alegre. Então foi logo perguntando como estava sendo a repercussão da série. “Tu tens de fazer isto mais vezes. O povo gosta de novelinha”, garantiu. Daí contei a ela que tive um sonho (que dizem por aí ser manifestação de desejos). “Sonhei que a gente tinha casado. Tivemos, logo de início, trigêmeos: duas alemoazinhas e um gurizinho”, contei. “Bah, um já é difícil”, contestou.
“De uma coisa não podemos negar. Você mudou o posicionamento de sua campanha – e isso será muito produtivo”, disse deixando mais uma vez um sabor de esperança no ar. Disse para ela que estava escrevendo o último capítulo da série. “Pega leve”, me disse. “Mas eu não consigo, pois faço tudo com muita intensidade. Não consigo ser diferente”, declarei abertamente com a acuidade que me é característica. “Verdade”, consentiu ela. “Mas às vezes é melhor ocultar algumas informações”, aconselhou-me. Prontamente respondi: “A gente tem de ser verdadeiro em um relacionamento. Qual a razão para se falsear algo?”. Ela: “Não é falsear. É prolongar”. “Nem tudo precisa ser dito. É a arte da conquista”, afirmou. Eu: “Me explique um pouco mais esta tua tese do prolongamento”, pedi. “Vou comer uma fatia de pizza, afinal amanhã ainda é sexta”, despediu-se.
E todos nós ficamos com mais esta dúvida para ser levada para nossos travesseiros. Minha crença é que eu possa saber mais detalhes disto em um provável futuro jantar entre nós. Afinal, a felicidade voltou a estar perto de mim.
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