quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reflexões riograndinas VIII

“Dá para perceber que sou ‘família’?”, perguntou gracejando. “Claro que sim. Isto só faz você acumular mais pontos comigo”, respondi. “Mas não pretendo acumular pontos contigo. Isto não é programa de milhagem”, devolveu a especialista em marketing. Sim, senhores, todas as mulheres são difíceis – ainda mais aquelas, como esta, que é inteligente, bonita e exigente. Mas logo ela se recompôs: “Me fale o que acha do meu Twitter”. Ahn? “Das coisas que escrevo lá”, emendou.
“Bem”, comecei, “não há muita percepção dos aspectos pessoais como um todo apenas pela avaliação de um post de 140 caracteres ou menos”, filosofei. “Mas sempre tive boas percepções tuas – um tanto pelo que escreves, claro, e outro tanto por tua beleza. Depois de hoje somente melhorou a impressão que tenho de ti depois de nos conhecermos um pouco mais profundamente ainda que em alguns aspectos”, atirei. Olhem só: há pouco havíamos conversado que não é necessário ter pressa para começar um relacionamento e lá ia eu apertando o pé no acelerador sentimental. “Mas já dá de conhecer sim ainda que sob a ótica de algumas poucas características”, constatou.
À época fiquei com a nítida impressão de ter deixado uma porta entreaberta. Mas isto apenas o tempo dirá se não passou de mais uma das minhas meras ilusões ou se realmente (desta vez) eu estava certo. No post de amanhã, saibam que ela pede para eu mudar minha estratégia.

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