sábado, 7 de maio de 2011

Reflexões riograndinas X

E, por fim, chegamos ao último capítulo desta longa série. Longa, claro, para quem não curte o sentimento humano mais nobre, o amor. Concretamente, nem vi passar este tempo todo nem sei como escrevi tão rápido tudo isto aqui. Ou seja, a paixão é o combustível que dá velocidade para este Blog.
Portanto, quatro meses depois, logo depois de ter pintado as unhas (e eu, gentilmente e pacientemente, esperei) ela voltou a falar comigo. Serei muito sincero – como se eu não fosse, não é? Pelo menos metade do tempo desta conversa pelo MSN eu quis usá-la. Calma, não é o que vocês estão pensando! Como profissional de marketing, tentei tirar dela algumas informações de fundo comercial para que eu pudesse utilizar em uma reportagem especial que estava fazendo. Sim, senhores, ela recebeu Midia Trainning – espécie de curso dado para diretores e cargos de chefia nas empresas em geral para saber lidar com jornalistas. Cá entre nós: fiquei com a impressão que ela soube adaptar aos relacionamentos também. Don´t worry: é apenas uma brincadeira.
Bem, depois disto fiz a ela uma revelação. Confidenciei que ela parecia ser muito fechada. “Fujo da raia?", questionou repleta de preocupação. Eu disse que sim. Ela praticamente se penitenciou diante de mim. Nossa amiga virtual disse que ainda não havia se desligado da última paixão (eu faço questão de puxar o fio da tomada, viu?). Disse ainda que aquilo era apenas um querer pelo menos naquele dia. Afirmou ainda querer alguém, mas estava aguardando que pintasse um clima. Ela, sincera, franca e educada (assim como eu, aliás) me deixou muito claro estas questões. Não disse que eu me dou esperanças demais? Mas, há pouco, descobri que a gente pode comprar esperanças mesmo que ela se torne um vazio algumas horas depois.
Então foi logo avisando: “sou exigente me minhas opções”. “Até hoje não rolou a ‘química’ com ninguém a ponto de querer seguir em frente”, escreveu rapidamente no MSN com a mesma suavidade com que eu sonhava em ouvir a sua voz em meu ouvido. Usando tipicamente uma frase saborosa (daquelas que a gente adora ouvir da fonte entrevistada e usar no texto para dar o molho que dá gosto à leitura) cravou: “Assim como você guarda seus melhores vinhos e espumantes para a amada para tomarem em um dia especial, eu guardo meu melhor para o homem da minha vida”. Definitivamente, esta série não termina aqui. Amanhã terá mais um capítulo – e talvez no dia seguinte o derradeiro. Isto pelo simples fato de que também procuro a mulher da minha vida. Nossos destinos não teriam sido traçados pelas loucas, vorazes e velozes conexões da internet? Eu espero que sim. Mas lembrem-se, caras leitoras: minha esperança, até hoje nestes casos, tende a se esgotar rapidamente.

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