sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bom-mocismo sem invenção

A revista de maior circulação nacional estampou na capa semanal Angélica e Luciano Huck. A manchete dava conta que ali estava um casal que resumia a reinvenção do bom-mocismo para uma sociedade politicamente correta. O rapaz, insistente como eu, mandou até um cano de PVC enrolado com uma fita para sua amada. Ela, claro, acabou se seduzindo (não por este gesto, claro, mas por outros que vieram) e, por causa da insistência do rapaz, descobriu que ele era um homem inteligente, divertido e generoso. A reportagem mostra, entre outros detalhes, a trajetória do casal, como fazem caridade com a fortuna que amealharam e também como querem proteger seus filhos dos holofotes. Sem esquecer que o casal pensa em ter um terceiro filho em breve.
Não é preciso reinventar o bom-mocismo. O bom e velho já é o bastante. Ainda me pego surpreso quando leitoras deste Blog contam, chorosas, que os homens não enviam mais flores. Nem mesmo pagam sozinhos a despesa do jantar romântico (sim, eles pedem para dividir conforme a regra atual dos relacionamentos). Eu ainda sou “das antigas”, portanto. Ainda sonho com um grande amor para toda a vida – assim como o casal que virou personagem da semana. Tenham esperança, mulheres, acho que ainda existem homens – poucos, diga-se a verdade – que deixam correr por suas veias o bom-mocismo. Eu sou um deles, com certeza. E como aquelas flores não surtiram efeito, acho que vou mandar um tubo de PVC para ela! Será que devo?

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