Nós, jornalistas, usamos muito uma colinha na hora de escrever textos com citações de fontes. Para dar o tom do pronunciamento da pessoa citada, usamos os substitutos do verbo “dizer”. Há vários sinônimos para dar à notícia o verdadeiro teor da declaração.
Andei pensando se, no relacionamento, há substitutos para o verbo “amar”. Há muita gente que usa, deliberadamente, o “gostar”, “adorar”, “querer”, etc. Minha opinião é que tais sinônimos nada mais fazem do que rebaixar o valor do verbo “amar”. Gostar, adorar, querer não revelam realmente o tom do amor. Tais substitutos estão mais próximos da amizade do que do amor. Fazendo uma ressalva ainda que, também na amizade, pode florescer o amor.
Me dei conta que, diferente da colinha jornalística, não há verbo substituto para “amar”. Ele mesmo se basta por si. Não é por nada que, na maioria dos relacionamentos que acabam, o amor se transforma em ódio. Ao iniciar o namoro com a futura namorada (ou quem sabe ainda antes deste fato se consumar), somente sairá da minha boca o verbo “amar”.
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