E eis que foi publicada mais uma pesquisa sobre casais – desta vez o tema tem a ver com o início do relacionamento. Em resumo, o estudo feito pela revista Ciência Psicológica afirma que casais que falam de forma parecida têm mais chances de dar certo. Ou seja, se as pessoas falam de forma parecida, o namoro tem grandes chances de terminar em casamento. Você pode ver mais detalhes da pesquisa nesta matéria: http://bit.ly/f1t57d
Talvez o estudo tenha um tanto de verdade. A linguagem, afinal, é um espelho da vida social das pessoas. Um intelectual emproado que tergiversa longamente usando e abusando de palavras como “vetusto(a)” encontrará seu par, muito provavelmente, em uma cátedra universitária. Um jovem bicho-grilo encontrará sua cara-metade em uma festa do Beco, aqui em Porto Alegre, ou de bares alternativos na Vila Madalena, em São Paulo.
Mas se o modo de falar fosse tão importante, gaúchos casariam com gaúchas, paulistas com paulistas, cariocas com cariocas, etc. Para um país tão continental como o Brasil, há de se ter calma em tomar esta tese como princípio. Como diz um pessoal no Twitter: “Tem de ver isto daí.” Se a teoria fosse tão factual, seria impossível unir uma carioca ou uma brasiliense com um gaúcho, ou mesmo uma manaura com um paranaense, uma sul-matogrossense com um paulista, etc.
Mas o tal estudo revela, ainda que a matéria não se aprofunde neste detalhe, que a forma de escrever também é uma forma de atrair o par. Minhas caras leitoras, portanto, já puderam me conhecer bastante nestes quase três meses de criação deste Blog. Elas puderam notar que palavras mais uso, de quais temas mais falo, enfim, tantas coisas mais. Ou seja, no primeiro jantar com a escolhida, tenho certeza que, mesmo tendo outro sotaque regional, ela se esforçará para ser um exemplo vivo de que a tal da tese da conversa parecida é fundamental para o início e desenvolvimento de um relacionamento duradouro. Conto para vocês depois. Em arquivo de áudio, de preferência.
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