sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Eu, um “Blue Chip”

Não sei se as leitoras deste Blog são acostumadas a acompanhar o mercado de capitais. Para quem não sabe Blue Chips são ações de empresas bem estabelecidas, de grande porte, nacional e internacional, com comprovada lucratividade, principalmente a longo prazo, e com poucas obrigações, resultando em situação econômica e financeira positiva. Ou seja, é um investimento longo que tende a fazer com que o dinheiro se multiplique.
No mercado do amor sou uma espécie de Blue Chip, portanto. Invista um pouquinho da sua paixão em mim para ver os resultados. Prometo, em primeiro lugar, amor incondicional na medida estabelecida pela futura namorada. No mercado corporativo, cobra-se muita transparência. No campo amoroso, esta qualidade se equivale à fidelidade. Como não ser fiel à mulher mais linda do mundo? Isto não é um direito. Passa a ser meu dever!
Nas empresas, pede-se que se cumpram metas. Prometo trabalhar em prol de nossos sonhos. Saibam que os sonhos da futura namorada – e quiçá esposa – passam a ser meus. Desenvolveremos, juntos, projetos de curto, médio e longo prazos que serão gerenciados por mim com auxílio incondicional dela, claro. Conseqüência natural do alcance das metas é o polpudo PPR – a participação nos resultados. Nós somente queremos colher felicidade.
Mas não se esqueçam, caros leitores e caras leitoras: a economia também é passível de crises. E não será diferente em um relacionamento.  E não é que elas podem surgir até mesmo antes de um namoro começar? Sim, por vezes é assim que acontece. Mas no ambiente corporativo há ferramentas para lidar até com o pior dos maremotos econômicos: se chama gestão de riscos. Eu, pelo menos, no campo amoroso, já estudo estratégias para quando esse dia chegar. Não falo apenas quando minha paixão entrar no período da TPM (aliás, dizem por aí que tomar conhecimento da fase do mês que se dá o fato fez perdurar vários casamentos). Por melhor que sejamos, talvez nosso par, em um dia qualquer, esteja em um período ruim. O remédio é a plena compreensão e o carinho.
Saibam que minha ação não é tão cara assim. Por vezes bastara uma profunda troca de olhares para me fisgar. Ou mesmo uma meiguice sem tamanho. Mas o mais importante de tudo: dar abertura ao conhecimento de um e de outro. No pregão do amor, já há uma forte candidata a ser dona do meu coração. Basta, agora, que sigamos em negociação. Digamos que estamos fazendo uma constante auditoria dos gostos e sentimentos de um e do outro. Não há dúvida: será o negócio do ano. Pelo menos aqui neste pregão do amor.

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