sábado, 18 de dezembro de 2010

Homeless

Me sinto morando em um não-lugar. O termo é usado por antropólogos para designar um espaço de passagem para determinado destino. Os aeroportos são um exemplo bem claro disto. Ou seja, você está ali com o objetivo de chegar em outro lugar. Falando nisto, ao querer homenagear a morena brasiliense com flores não pude fazê-lo. Dei para ela uma passagem de avião para São Paulo. Gostaria que ela recebesse flores no saguão de Congonhas, mas as floriculturas de lá disseram que não fazem este tipo de entrega. Bem, fecho parênteses e volto ao assunto deste post. Hoje em dia me sinto vivendo em um não-lugar.
Terei que desocupar o apartamento que moro no Bom Fim há uma década. No entanto, questões jurídicas envolvendo documentos do imóvel fazem com que nem eu mesmo saiba quando devo deixar a residência. Já procurei vários novos apartamentos. Ando sonhando com um e outro que aprovei. Mas até que a imobiliária não me dê o aviso para deixar o imóvel vou me sentindo um perfeito homeless.
Dizem que o tempo é o melhor dos conselheiros. Quem sabe, como já me disse um amigo, a realidade mesmo se encarrega de colocar tudo nos prumos. Assim espero, pois como vocês bem sabem quem casa quer casa. De preferência própria – e não alugada.

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