segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Não, não e não

Caras leitoras, vocês devem ter se surpreendido com o que escrevi no último domingo (12). Ali segredei que minha ficha corrida de negativas que levei das mulheres é enorme. Resolvi, então, contar um pouco do que aprendi com tudo isso. Acho que o mais chato de uma relação é o par não dar nenhuma chance do outro mostrar como é legal.
Deste os tempos de colégio sofro deste mal. Aliás, levei o primeiro “não” do meu primeiro affair. A esquálida morena, filha de bancário, nem quis saber de minha existência. E eu, tresloucadamente, vivia perambulando no recreio para sempre cruzar com ela. Até que um dia os amigos da infância me fizeram encontrá-la. Ela bradou apenas uma frase que me fez saltar do amor ao ódio em segundos: “Sai do meu pé, chulé”. Eu, leitor assíduo desde a infância, esperava algo mais inteligente daquela garota com ar superior.
No cursinho me encarreguei de me apaixonar por outra morena. Mas nem quis tentar. O ar inteligente dela fazia me crer que levaria para a casa uma frase de efeito tão parecida ou pior com aquela que levei da magra morena. Depois me disseram que eu até teria chances com ela, mas prefiro nem mesmo pensar nessa possibilidade atualmente.
Na faculdade, a partir do segundo ano, eu passei a levar um “não” praticamente a cada semana. Percorri praticamente todos os cursos da PUCRS atrás da namorada perfeita (sim, foi na universidade que me dei conta que queria alguém à altura). A guria de Letras nem quis saber de um futuro jornalista. A desculpa dela nem teve a ver com sentimentos, na verdade. Ela me descartou somente pelo fato de não seguirmos o português à risca em nossas notícias. Vá entender. Cada louco com sua mania.
No antigo Orkut, então, foram várias histórias. Até cheguei ao cume de me encontrar com uma loira esbelta em pleno Aeroporto de Congonhas. Deslocado para cobertura de um evento em Belo Horizonte, os colegas ficavam se perguntando como aquilo era possível. Mas não deu em nada. Há quem até hoje não queira me ver por causa de simples carinhos dado via rede social. Fazer o quê se só quero amar? No Twitter nem se fala. Com a mesma velocidade que o microblog faz palavras surgirem em seus Trending Topics, eu levava negativas. Mas até que surgiu a criativa ideia de lançar uma campanha de marketing em causa própria com o objetivo de namorar. O resto da história vocês todos já sabem.
Minha única preocupação hoje em dia é levar um “sim” da futura namorada. Realmente não saberei como reagir, pois em se tratando da conquista me tornei o rei do “não”. Mas nada que um grande amor não possa curar essas feridas mal cicatrizadas.

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