domingo, 26 de dezembro de 2010

Simplismos

Por força da profissão, ou do hábito, gosto de usar (e abusar) de simplismos. Semana passada, por exemplo, em uma festa cometi mais um dos meus resumos históricos. Estava em uma roda conversando com três amigos quando se aproxima uma amiga em comum. Sem vacilar, disse: “Fulana, tu és a cereja do bolo entre nós, homens”.
 Não tem jeito. Isto já faz parte do meu show. Mas, a partir do momento em que ter ao meu lado a namorada, somente ela será alvo dos meus carinhos transformados em frases feitas. O simplismo, assim como no caso da boa propaganda, será usado para oportunamente resumir em um jogo de palavras tudo o que sinto pela meiga mulher que poderei chamar de minha para toda vida.
Mas prometo não simplificar demais. Afinal, para quem a gente ama tem que se presentear tudo de melhor. Talvez a minha simplicidade poderá ser transformada em um ramalhete de rosas, uma viagem ao Nordeste (quem sabe a bela Natal), um vinho de guarda acompanhado de um jantar à francesa. Afinal, a felicidade está mesmo nas coisas simples que, por vezes, teimam em ser nada modestas.

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