Alguém muito especial pediu, encarecidamente, para eu escrever algo sobre a relação entre chocolate e amor. A primeira coisa que lembrei foi do bombom “Amor Carioca”, afinal, acho que é o único chocolate que contém a palavra “amor” na marca. No entanto, me dei conta que também existe o “Serenata de Amor”. Mas o que este detalhe tem a ver com o tema em questão? Inicialmente nem seu sei, mas até a leitura final deste post, caras leitoras (e leitores), vocês saberão.
Tentei pesquisar, como manda o bom e velho jornalismo, algo sobre o assunto. O máximo que encontrei foram duas letras de músicas de Luan Santana e Xuxa, nesta ordem. Para manter a audiência, me limitarei a apenas relatar este fato e não detalhá-lo. Procurei na propaganda também alguns exemplos que pudessem dar o real valor da equiparação entre algo material (bombom) e outro bem sentimental (amor). Tudo em vão. Mais uma vez eu, por conta própria, terei de buscar explicações para o pedido feito com tanto carinho.
Mesmo tendo veia poética, ainda que eu lide com a prosa, usarei a realidade terrena para lançar uma tese unindo os dois mundos. Não me darei ao luxo de simplificar com aquelas frases feitas relacionando doçura, sabor, paixão e felicidade. Isto é muito raso para um sentimento tão nobre. O melhor a fazer é apresentar algo tão complexo quanto o amor que não escolhe a quem amar.
Já se deram conta que a paixão atrai pessoas, por vezes, tão distintas? É que nós, homens e mulheres, somos assim mesmo: tão iguais, tão diferentes. Todos somos, na verdade, como a variedade dos chocolates. Afinal, provar um Lindt é bem diferente do que o prazer de saborear um Lancy. Há quem goste daqueles bombons mais duros que são difíceis de derreter na boca. Outros ainda adoram a variedade de ingredientes proporcionada pelo Snickers. Sem falar no chocolate branco ou mesmo o amargo. No fim, bombons têm três elementos básicos: leite, açúcar e cacau. Mas com um e outro ingrediente o chocolate ganha nova roupagem.
Com o amor acontece a mesma coisa: independente de como cada um é, o importante é que damos sabor à vida um do outro. Afinal, o que explica o brilho nos olhos e o sorriso aberto ao ver a mulher amada? A cena remete àquela criança que também gargalha e abre bem os olhinhos para escolher o melhor dos bombons. O casamento é o sacramento para a união de duas pessoas tão diferentes e, que ao mesmo tempo, se completam. É como se juntássemos dois novos chocolates dando a ele um novo nome: Serenata Carioca. O doce sabor que os une é tão-somente o amor.
Se a pessoa que me pediu para escrever este post, que rendeu alguns dias de reflexão, se dar conta que ter um par ao seu lado pode fazer sua vida diferente já me contentarei. O que ainda me alimenta a esperança é que ela afirma acreditar em relacionamentos duradouros e felizes. Digamos que a caixa de bombons está ali. Basta agora ela ter a coragem de abri-la.
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