quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mulheres e vinhos

Talvez a comparação mais fácil que eu consiga fazer seja entre vinhos e mulheres. Por entender muito bem pelo menos um dos assuntos (sim, é difícil saber o que as mulheres desejam), a missão fica muito facilitada. Para o relacionamento não virar vinagre (sim, vinho pode se tornar vinagre caso vocês não saibam), a melhor coisa a se fazer é manter a namorada em bons níveis de temperatura. Assim como o vinho, que não pode ser servido fora de determinada temperatura, a garota não deve ser colocada em uma gelada.
Cada mulher é diferente. Do mesmo modo que em uma garrafa de vinho guarda toda filosofia possível, a alma feminina é uma profusão de coisas: sentimentos, beleza, espírito materno, força, jeitinho que só elas têm, etc. A complexidade que forma uma mulher a faz mais duradoura que o melhor vinho de guarda. Afinal, a bebida é cor, diversos sabores e aromas, lágrimas que vertem do alto teor alcoólico e talvez nada mais. Aquele ser que nos completa, por sua vez, também tem suas características externas: cor, perfume, corpo e o mais importante: mente e coração que tudo transforma.
Qual o melhor vinho? Depende de cada ocasião. Você pode tomar espumante ou champagne na entrada, acompanhando quitutes, e depois passar ao branco para acompanhar a entrada desde que seja um prato leve. Por fim, se a comida principal for carregada de gordura ou temperos, um exemplar de um vinho reserva, mais robusto e com taninos muito presentes é a melhor pedida. Se o prato for mais leve,  combine com um tinto idêntico – de preferência um francês. Para a sobremesa nada melhor que um Late Harvest ou mesmo Vinho do Porto.
Qual a melhor mulher ou mesmo a mulher ideal? Não, leitoras e leitores, elas não combinam com a ocasião assim como os vinhos. Elas são únicas. Por isto, do mesmo modo como se faz com o vinho, conhecimento é fundamental. Afinal, qualquer homem que se preze tem de saber se sua pretende gosta de frequentar a Farm´s, aqui em Porto Alegre, por exemplo, ou se curte algum bar especifico da Vila Madalena, em São Paulo. Mas não é só saber estas características não. É preciso ir a fundo: tentar entender seus princípios, ideias, gostos, saber de cor sua história de vida. Ou seja, há muito o que se conhecer. Sim, elas são muito mais complexas que uma garrafa de vinho Gran Reserva ou mesmo uma taça de champagne safrada (sim, existem espumantes de guarda também).
Mas assim como os vinhos, somente de contemplá-las eu me embriago.  De alegria. De felicidade. De saber que uma única será escolhida para viver ao meu lado para o resto de nossas vidas. E assim, como os melhores vinhos, nosso relacionamento somente tenderá a melhorar. E dividiremos nossas alegrias – e sim também os dissabores – com todos nossos amigos. Pois felicidade é algo que casa com uma das regras de etiqueta ao lidar com vinhos. A bebida é a pedida ideal para brindar em conjunto com as pessoas. Portanto, brindemos à felicidade que logo baterá à porta: tim-tim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário