sexta-feira, 15 de abril de 2011

Amor paterno

Na noite de terça-feira passada comemorei com meu melhor amigo da infância a bela notícia que ele será papai dentro de seis meses. Fiquei realmente feliz com o fato que somente fez crescer em mim a vontade de ser pai. Mas não um pai qualquer, obviamente. Afinal, nossos filhos também não terão nenhuma mãe qualquer.
Devo já ter contado para vocês da minha alegria contagiante ao ver qualquer criança na rua. Ali somente retrato o pai que serei no futuro. Ou seja, aquele que quer dar tudo de melhor para seus filhos. Não, não falo somente de bens materiais. É dar aquela boa criação que necessitam, a medida do certo e do errado, a literatura em profusão, a filosofia em abundância, enfim, a felicidade em forma de vida.
Mas este amor paterno não é somente por ali estar estampado um pouco de mim. Muito em parte é por ali estar somado tudo o que minha escolhida será e tudo o que eu sou. Afinal, são dois destinos que se entrelaçam e passam a fazer planos juntos. Eu e ela seremos um só. Nossos filhos também serão únicos, mas levarão para o resto de suas vidas tudo o que ela e eu somos. Amor paterno somente existe graças à guerreira que está ali do lado. Não sem motivo quase verto lágrimas ao contemplar toda e qualquer criança que cruze meu caminho. Em cada uma delas vejo nossos filhos.

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