domingo, 10 de abril de 2011

Jogo dos sete erros

Quando crianças, imagino que vocês gostavam de encontrar nos gibis aqueles joguinhos. Um deles sempre apresentava duas imagens muito parecidas. A foto da direita sempre tinha sete coisas diferentes daquela mostrada no lado oposto. Meus amigos querem me fazer crer que na vida amorosa também existe o jogo dos sete erros – mas as regras são bem diferentes do que apenas circular onde a discrepância aparece.
De acordo com eles, devo desistir de procurar a mulher ideal. Aliás, a garota ideal para eles é aquela que eles primeiro observam na rua, pode? A tese deles diz que eu devo me preocupar em encontrar as mulheres erradas mesmo. Assim, afirmam, conhecerei várias, terei muitas experiências e saberei diagnosticar com precisão aquelas que só querem me enganar. E mais: com tudo isto, sairei ganhando, pois poderei ganhar mimos e depois largá-las sem dar nem mesmo explicação.
Bem, eu prefiro acertar o alvo de vez. Afinal, é preferível ser solteiro e desejar estar casado, a estar casado e desejar estar solteiro (como algumas mulheres que conhecem minha Campanha e estão, sim, arrependidas). “Mas se você descobrir depois que é a errada?”, insistem. Isto não acontecerá. Nos conheceremos pelo menos por dois anos antes de nos casar. E não ousarei pedi-la em noivado ou casamento antes dos nove meses de namoro – ainda que ela dê indiretas para que isto aconteça. Afinal, só deste jeito para a gente encontrar os sete defeitos de um e de outro. Nos resta lutar juntos, naturalmente, para transformá-los em qualidades.

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