quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desventuras de escoteiro

O fundador do escotismo, Baden-Powell, ensinava que “o escoteiro sorri na desventura”. Não, nunca pratiquei escotismo. Nunca armei barraca. O máximo que fiz foi subir montanhas na Serra Gaúcha. No entanto, esta campanha iniciada em novembro do ano passado me faz membro de uma escola incomparável: aquela dos amantes incondicionais, uma espécie de escotismo em nome do amor.
Não há manual de escotismo que traga normas de como se aventurar pelas íngremes corredeiras da paixão. Não é a toa que cometo tanto deslize. Como vocês bem sabem, já enviei flores e me mandaram às favas. Presenteei com ursinho e se esqueceram de mim. Fiz poemas e fui enviado à masmorra do esquecimento. Entreguei-me e fui oferecido aos leões ferozes do ódio. Enfim, dei tanto e recebi tão pouco ou quase nada.  
Mas estou aprendendo, aos poucos, a lidar com a selva que, por nada, é indicada no dicionário como substantivo feminino.

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