Sábado à noite. Eu, que pensava que iria jantar com a futura namorada, tive de passar a noite em casa. Certo, a hora do encontro ainda chegará. Menos mal que me contentei com um Prosecco e comidinhas de vários tipos – fato, aliás, que em breve deverá ser dividido com a amada. Pois bem, como chovia lá fora não me animei a sair mesmo. Daí o fato de ficar perambulando pelos canais internacionais. Mas, sem querer, acabei caindo em um programa que estava entrevistando a culinarista (é isto aí que aparecia no crédito mesmo) Palmira Onofre, a Palmirinha.
No cume de seus 80 anos, ela dizia ao entrevistador que o sucesso dos programas de culinária se dá por uma única razão. É que os chefs ali não podem e não devem mentir. Eles fazem tudo ao vivo e é obrigação ser realmente transparentes. Ela dizia, em outros termos que não estas figuras de linguagem que usarei, que não tem problema se o bolo batumar ou mesmo o leite ferver. O importante é ser aberto com o telespectador. Segundo Palmiriha, não há coisa pior do que uma receita dar errado na casa de alguém.
Penso que em um relacionamento – quem sabe desde seu início – tem de haver transparência. A verdade anda de mãos dadas com o conhecimento, este fator tão importante para surgir aquela química entre o casal. Pode ser que até mesmo a mulher seja ano-luz mais bonita que seu par, mas a vida se encarrega de uni-los pelo fato de terem os mesmos gostos (ou gostos diferentes). Ou ainda pela razão de se completarem por suas afinidades. Enfim, a transparência é o fermento da relação. O sabor sempre será da felicidade. Tudo embalado pelo belo sorriso da pessoa amada.
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