Nas mais instigantes novelas sempre se cria um fato novo para dar curso à história que estava, por vezes, chata. O fato serve para os romances também. Quis o destino que tudo o que seriam planos feitos a dois terminassem em plena Quarta-feira de Cinzas.
Ela, sem mesmo me conhecer a fundo, escreveu com todas as letras que não quer fazer parte dos meus sonhos atrevidos. De bom grado, naturalmente, partirei para outra. Palavras , poemas e mesmo flores não foram suficientes para amolecer seu coração de imperatriz.
A vida segue. E aqui as portas sempre seguirão abertas. Tiro deste capítulo inacabado uma lição. Tenho que ser ainda mais atrevido. Pois é, a alma feminina não é mais como era no passado. Parece ter se tornado menos romântica. E para fechar este bloco, copio Paulo Sant´Ana em uma de suas melhores colunas já escritas até hoje: “Trocar de amor é tão difícil e intrincado quanto trocar o pneu. E, quando se troca de amor, fica-se sempre num grande dilema: o que fazer agora com o pneu avariado? O pneu bom foi colocado no carro, mas se deve agora continuar usando o ex-amor como estepe?”
Eu retorno ao caminho. Sigo em busca de um pneu bom para colocar no lugar do avariado. Definitivamente não sei o que fazer com o estepe.
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