Assessoras de imprensa vivem perguntando ao telefone como vai minha Campanha. Esta semana uma delas até pediu desculpas por não estar acompanhando tão de perto o famoso blog. De pronto, ela me avisou que não caiu muito bem aquele post sobre eu afirmar que estava procurando uma amante. No entanto, naquele texto eu somente dava a conhecer a todos que uma leitora sugeriu que no Brasil tivesse a lei da bigamia. Deste modo, ela me afirmava, seria possível continuar com o noivo e me amar ao mesmo tempo.
Ao recordar isto para a assessora, afirmei que eu sou fiel – e não há razão para se pensar diferente. Disse, então, que eu iria comprovar aqui mesmo neste espaço. Penso com meus botões que só o fato de ter um blog como este para abrir o coração em um tempo onde os homens querem apenas “ficar” com as garotas como se fossem seus objetos, já é uma prova cabal do meu imenso amor. E, naturalmente, da fidelidade que é inseparável deste sentimento tão nobre.
Mas mesmo antes de escrever este texto, e na intensa troca de e-mails que troquei com ela onde até mesmo beijos trocamos (ainda que virtuais, por ora), me dei por conta que hoje em dia não se faz mais provas por correspondência. Lá se vai uma década ou mais, eu ainda me lembro daqueles cursos feitos via correio. Hoje a prova deve ser feita pessoalmente. Não, desta vez não enviarei flores para esta que passa a ser a mais nova pretendente – ainda que ela não saiba (mas bem que desconfiou na troca de mensagens). Como fazem os românticos, vou convidá-la aqui mesmo para um jantar. Vejamos se ela aceitará. Já antevejo a cena: não paramos de fazer perguntas um ao outro. Afinal, é a base do conhecimento, a fórmula para que o amor tome forma. Espero que somente sejamos parados quando nossas bocas se encontrarem. Será o selo definitivo da aprovação do amor correspondido.
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