Por vezes me pego pensando se não é um tanto quixotesco procurar tão absurdamente por um amor na vida. Mas, inevitavelmente, tendo a pensar que é assim mesmo. Desde criança, eu sempre queria o melhor de tudo.
À noite, antes de dormir, sempre queria ter em minhas mãos as estrelas. Queria, como os astronautas da NASA, chegar na lua e por lá perambular. Fez parte da minha infância também querer ir até o fundo do mar e lá procurar pérolas para minha amada. Na verdade, quando criança, eu era mesmo um Sancho Pança.
Cresci, veio a faculdade, o amadurecimento e a inglória busca pela amada. Ainda que continue sonhando sou um tanto pé-no-chão. A armadura de Dom Quixote não me deixa mentir. Sim, tenho que confessar que engulo o choro, fico dias sem comer ou beber se preciso for e ainda sou dono de uma saúde de ferro. Mas basta eu fechar os olhos (ou mesmo com eles abertos) e pensar na futura namorada que a armadura se desfaz. Os espasmos de Sancho Pança têm sido bem mais frequentes. Vejamos se, ao menos, esta história toda chegará em um final feliz.
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