Em um dos papos da redação da semana passada um amigo se definiu como sendo um chato. Eu, claro, afirmei que sou um amoroso. Não esperávamos, no entanto, que o colega da baia da frente gritasse a plenos pulmões: “mas não há coisa pior do que um chato amoroso – ou um amoroso chato”.
Refleti, então, se não estou me tornando um chato em se tratando de coisas do coração. Não que eu seja exigente e esteja à procura da mulher perfeita. Esta obsessão toda já não passou dos limites? Estou para dizer que ainda não. Afinal, por aqui só recebo altos elogios pela minha dedicação, transparência, carinho e hombridade. Algo me diz que falta bem pouco para esta campanha chegar ao fim (será que vocês conseguirão, queridas leitoras, conviver sem minhas chatices sentimentais?). A partir de então serei um excelente amoroso chato com minha amada. Entenda-se chatice aqui como abnegação, devotamento, entrega. Explico: entre um convite dela para rever aquele filme com roteiro açucarado e uma chamada dos amigos para o futebol, naturalmente que optarei pelo cinema. Entre fazer um evento familiar com as pessoas queridas dela ou ter de finalizar uma reportagem especial no final de semana, escolherei ficar com aqueles que também são queridos por mim. Talvez, para ela, não ganharei o apelido de chato. Mas, com certeza, entre os amigos serei o mais chato de todos.
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