Apenas o outro

Tenho notado nos comentários dos posts deste Blog assim como lá no Twitter algumas coincidências. É que todas as garotas praticamente me desejam “boa sorte”, mas muitas delas não se apresentam oficialmente. Explico: elas bem que poderiam me dar ao luxo de conhecê-las melhor. Mas esta não é a regra. Nem mesmo as amigas elas querem apresentar.

Mas sei o que está levando todas elas a ter este comportamento atroz. É que estão afoitas para terminar logo o insosso relacionamento que possuem com seus namorados. Outras, ainda, procuram ler minha timeline e ver mais que uma vez por dia meu Blog. Mas não retornam um tuite sequer. Afirmam, euforicamente, ter encontrado sua cara-metade, mas tuites à frente já destilam sua tristeza. Tem ainda as solteiras, claro. Mas estas têm tido uma postura muito recatada. Por vezes convido-as para jantar ou tomar um simples café (ou mesmo um sorvete) e elas sempre afirmam ter compromissos inadiáveis. Bom, a felicidade está batendo à porta. Se não abrir...

Todas, no fundo, querem dar o bote fatal. Ou seja, ter minha companhia ao seu lado para sempre. Alguém até já me confidenciou que, mesmo casada, gostaria de ser minha amante. Obviamente me neguei a fazer parte de um complô desta envergadura. Afinal, quando amo, dou meu coração por inteiro e não o divido com mais ninguém. Para mim fidelidade é fundamental.

Mas a garota continuou insistindo. Agora quer fazer um abaixo-assinado que rodará Brasil afora. O objetivo é dar legalidade à bigamia no Brasil. Deste modo, segundo ela, minha fidelidade terá apenas o mesmo fim de um quadro na parede que é o de dar beleza ao ambiente. Tive de sucumbir aos desejos dela e, realmente, dar o braço a torcer. Afinal de contas, somente desta maneira que eu conseguiria dar felicidade para o maior número de mulheres possível, pois elas poderiam dividir minha companhia. Assim o outro, finalmente, ficaria em seu lugar. Pois não seria nada mais que apenas o outro.