sábado, 15 de janeiro de 2011

Fiz as pazes com os vestidos

Era quarta-feira. A garota estava trajada com um vestido vermelho e amarelo. Acho que tinha até tons mais claros. Ao acompanhar os passos dela, tal qual uma modelo na passarela, eu não parecia ver uma simples roupa. Para mim aquilo passou a ser uma obra de Monet ou mesmo de Rembrandt. No dia seguinte, a morena voejava dentro de um vestido azul, preto e branco. Realmente, a partir dali comecei a fazer as pazes com os vestidos.
E, pensando bem, talvez as roupas representem mesmo algumas obras – das mais simples até aquelas repletas de significado (mesmo obscuros). Estou por afirmar, pois não cheguei a ter conclusão alguma, que um vestido de uma mulher é a o que há de mais puro da arte tradicional. Já uma calça jeans (e todas as suas variações) está no bolo da arte contemporânea moderna. Pois é, acho que sou conservador até aí.
Não é por nada que o noivo é o mais sorridente da festa! Também pudera: ele recebe nos braços aquilo que poderia se comparar a uma obra de Michelângelo. Afinal de contas, o traje da noiva é o mais belo dos vestidos.

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