Em uma das primeiras tardes deste ano surgiu uma conversa entre amigos. Depois de um longo almoço dominical, as mulheres se retiraram da sala e reuniu um legitimo papo de homem. Ali um tema imperava. Um dos mais velhos na roda pregava inflamando os pulmões: “Pense bem antes de casar, Graciani”. “Elas nunca estarão plenamente contentes”, afirmava convicto. O mais jovem, casado há três anos, emendou: “Elas nunca estão satisfeitas. Sempre querem mais”, disse baixinho com ar introspectivo.
Eles, que achavam que estavam me instruindo, na verdade somente fizeram crer que minha tese está correta. Não imaginava outro posicionamento. Para mim, como vocês sabem, uma alma feminina é a razão do meu viver. Já começa no nascimento quando tomamos por ninho o útero de nossas mães. Depois por todo cuidado dispensado por nossas mães e avós, mulheres que não podemos dispensar desde nossa infância até, quem sabe, a plena juventude.
Claro que as mulheres estão no direito de não se sentirem satisfeitas com todo carinho que possamos prestar para elas. As entendo perfeitamente. Afinal, elas destilam muito amor – e quem muito ama também muito espera em compensação do seu par. Até mesmo eu, um dos últimos românticos do planeta, estou preocupado se amarei minha futura namorada com toda intensidade devida. De uma coisa estou convicto: farei o meu melhor. Serei um córrego de amor que, vindo da nascente materna, desembocará no oceano sentimental de minha amada.
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