segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eu, um megalomaníaco

Graças a este espaço já fui comparado ao cronista Paulo Sant´Ana. Falaram que meu texto se aproxima muito do meu colega de profissão. No entanto, acho que boa parte desta coincidência seja fruto do fato de eu tê-lo entrevistado algumas vezes já. Digamos que eu possa ter obtido este dom por osmose. Ainda que eu acredite que é mais por inspiração das belas garotas que têm cruzado meu caminho nesta intempestiva campanha em nome do casamento.
Fiz, na verdade, esta introdução toda para afirmar que além do colega Sant´Ana, também tenho algo em comum com o jornalista e escritor Juremir Machado da Silva. Cheguei a tal conclusão depois de ler, com gosto de sempre, a coluna do historiador no Correio do Povo do dia 18 de dezembro passado cujo título era “Nós, os megalomaníacos”. O também professor da Famecos (por onde passei quatro dos meus melhores anos da minha vida) sentenciou que, nós, os megalomaníaco,  passamos por três fases. A primeira, a da megalomania pura onde impera a autoconfiança; a segunda, a da hipocondria seguida imediatamente pelo terceiro e último estágio: o da hipocondria aguda. Juremir afirmava estar, possivelmente, na segunda. Já Paulo Sant´Ana estaria na última fase.
Eu, obviamente, ainda me encontro na primeiro dos três ciclos. Há de se ter muita autoconfiança para, por exemplo, fazer um elogio no Twitter para a filha do ministro. Ainda que ela tenha namorado e perambule por Paris por ocasião da chegada de 2011. Ou mesmo ter uma agudeza de espírito para estender o tapete vermelho – ainda que virtual – para as belas morenas paulistas. Ou para as loiras catarinenses. É necessária muita coragem para dizer tantas verdades sobre os relacionamentos neste Blog. Ou mesmo para escrever com todas as letras para uma moça que ainda não se conhece tão bem que eu daria minha vida toda por ela.
Sim, sou o último dos românticos. Mas me corrijo: talvez o Juremir ainda faça parte deste grupo, claro. Sei que ele ainda presenteia a Cláudia com rosas, por exemplo – algo raríssimo de acontecer em pleno século 21. Justiça se faça também ao Pablo, o alter-ego do Paulo Sant´Ana. Sim, nós três devemos ser os últimos românticos do planeta. Também me junto à trupe megalomaníaca, portanto. Mas minha única megalomania é encontrar a futura namorada e fazê-la a mulher mais feliz do mundo. Dizem que uma das características de nós, megalomaníacos, é nos sentirmos bem sozinhos. Talvez esta peculiaridade se torne mais visível na terceira fase. Estarei, com certeza, em melhor companhia quando estiver de mãos dadas com a mulher dos meus sonhos. E de maneira nenhuma sou feliz tendo ao meu lado a solidão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário